terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Mais emprego nas rádios locais. Será?


A Associação Portuguesa de Radiodifusão (APR) apresentou uma proposta ao Instituto de Emprego e Formação Profissional que visa promover o emprego e habilitar as rádios locais de meios humanos. A realidade demonstra que este sector enfrenta sérias dificuldades, e trabalha com um reduzido número de pessoas, aquém do desejável.
Segundo o presidente da APR, José Faustino, a proposta prevê a realização de estágios nas rádios locais, por pessoas desempregadas com a duração de um ano. Durante esse período o Estado é responsável pelo pagamento do salário. Após finalização do estágio, e mediante desempenho do estagiário/desempregado, as emissoras locais podem considerar a sua integração na estrutura radiofónica.
Ora vamos lá ver isto... Mais uma vez assistimos a uma proposta que procura resolver um problema imediato e não encontra uma solução a médio/longo prazo.
Pergunto eu: Como são resolvidas as questões financeiras das rádios Locais, como conseguem assumir o custo de novos colaboradores no prazo de um ano? (todos conhecemos as enormes dificuldades de sobrevivência). Além disso também questiono a opção pela quantidade e não qualidade.
Qualquer desempregado serve? Não será necessário definir o perfil do candidato? De que recursos humanos falamos?
Não basta ter boa voz (ou saber tirar cafés) para trabalhar na rádio. É preciso mais e melhor, principalmente quando os recursos e os meios são escassos. Para ganhar público, as rádios locais têm de melhorar.. é forçoso.
Outra pergunta (agora mazinha): faz sentido apoiar rádios locais? Não será melhor focalizar o apoio para as rádios regionais dando-lhes instrumentos (físicos e humanos) para produzirem informação regional de qualidade? Não estaremos a pensar demasiado curto? Dimensão.. é uma palavra eficaz e que acompanha verbos dinâmicos como “ganhar”, “ter”, “construir” ...
José Faustino aguarda resposta até final do ano. Já falta pouco...

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